Saem-nos da boca para fora como se do próprio coração se tratasse.
Saem em catadupa e quando mais se solta, mais palavras se lhe seguem perdidas no seu sentimento cego do que diz.
Volto costas e caminho agora sozinha sem olhar de relance para o que deixei para trás.
Não deviam as palavras bonitas deixar-nos tão bem? Então porque razão me sinto sufocar no meu sexto sentido? Num medo incontornável do poder das nossas palavras nos outros. Porque esse poder é maior que todos os outros que nos vergam mas não matam...
Às vezes acho que é melhor não falar.
Há coisas que simplesmente ardem no preciso momento que nos passam da mente para a voz, para depois nos queimar qual cigarro que se consome lentamente numa chama imperceptivel.