Ao mostrar-lhos, voltei aos textos arquivados, e perdi-me em pensamentos por segundos instantâneos a cada novo texto que me pautava o olhar.
Olhava-me curioso e perguntava-me se regressava a esses momentos. Respondi-lhe num sincero, não.
Mesmo que se voltasse já nada seria igual. Nós mudámos e os outros também. A vida muda e a forma como a sentimos não passa de uma metamorfose do que foi. É por isso que as memórias só fazem sentido quando lhe colocamos datas em rodapé. Podemos visitá-las para sorrir ou chorar, mas querer revivê-las num tempo que não o seu é deitar por terra cada braçada que se penou para nos tornarmos no que somos.