Com preguiça, falta de tempo, ou sei lá eu o quê.
Escrevo enredos em palavras na cabeça e quando vou para os deitar ao mundo fogem-me a sete pés escondendo-se nos sítios mais recônditos.
É sempre assim.
Com preguiça, falta de tempo, ou sei lá eu o quê.
Escrevo enredos em palavras na cabeça e quando vou para os deitar ao mundo fogem-me a sete pés escondendo-se nos sítios mais recônditos.
É sempre assim.
Saem-nos da boca para fora como se do próprio coração se tratasse.
Saem em catadupa e quando mais se solta, mais palavras se lhe seguem perdidas no seu sentimento cego do que diz.
Volto costas e caminho agora sozinha sem olhar de relance para o que deixei para trás.
Não deviam as palavras bonitas deixar-nos tão bem? Então porque razão me sinto sufocar no meu sexto sentido? Num medo incontornável do poder das nossas palavras nos outros. Porque esse poder é maior que todos os outros que nos vergam mas não matam...
Às vezes acho que é melhor não falar.
Há coisas que simplesmente ardem no preciso momento que nos passam da mente para a voz, para depois nos queimar qual cigarro que se consome lentamente numa chama imperceptivel.
"Vou ter que te fazer perder o medo de ter alguém".
Há frases que ficamos a ler como que um prenúncio anunciado a uma guerra.
Ainda não sei o que mais me enregela o sangue nas veias, se a vitória se a derrota.