O que nos une é um tudo e um nada ainda por definir.
Um olhar cúmplice e um beijo molhado que nos suga a alma sem sairmos do sítio.
Uma carência absurda de quem não sabe estar ausente. Porque contigo eu não sou eu e tu não és tu, somos nós.
De alguma forma gosto de acreditar que nós somos nós para além do bem e do mal que estipulamos para o mundo que nos cerca. E de cada vez que as respirações se misturam, arde-nos na pele o suor dum fogo que não queremos extinguir.
Curvas de sorrisos e linhas de lágrimas num embate frutuito que só a vida sabe proporcionar. Um toca e foge demasido viciante para não aceitar o desafio.
Ninguém disse que seria fácil.
E eu disse-te em surdina com medo que fugisses, que não sou como as outras: exijo mais, quero mais, ambiciono mais...
E no revés do meu sussurro: gosto-te mais.