Entra-me por ali dentro de mão dada com a mãe procurando desesperadamente por algo que lhe sirva perante o ar alheio da mãe que dá atenção à outra filha.
Sorrio-lhe e atendo aquelas três. Quando dei por mim já tinha aquela pequena de palmo e meio ao colo, já me tinha perguntado o nome, já me tinha andado a fazer correr pela loja atrás dela, já tinha dado sonoras gargalhadas e já me tinha dado uns quantos abraços intervalados a beijos repenicados nas bochechas.
Nunca me tinha visto e no entanto agiu como se me conhecesse desde sempre.
Quase não passa um dia em que uma criança ali entre que não me venha parar às brincadeiras enquando atendo os pais.
Para as crianças, não interessa de onde vimos ou para onde vamos, elas abrir-nos-ão sempre o coração e o sorriso com uma sinceridade que vale por todas as outras.