Gosto daquele nariz frio, pelo vento que se faz sentir, percorrer-me a face até terminar num beijo quente enquanto ums braços me envolvem fazendo ignorar qualquer tempo gelado que nos ladeie.
Gosto daquele nariz frio, pelo vento que se faz sentir, percorrer-me a face até terminar num beijo quente enquanto ums braços me envolvem fazendo ignorar qualquer tempo gelado que nos ladeie.
Daqueles beijos sem data de momento exacto, apenas se sente o corpo num impulso e todo o mundo parece momentaneamente sem importancia para lá dos dois corpos ao frio.
Borboletas na barriga, um suave tremer das pernas, uns braços que nos enlaçam e não queremos mais parar.
Sente-se com o corpo, com a alma e com tudo a que se tem direito.
Quer-se apenas mais como se dessem água a um moribundo no deserto e torna-se a despedida num começo do que virá.
E não sei o amanhã mas sei que se fechar os olhos ainda lhe sinto o cheiro e o sabor como se ele estivesse aqui.
E quero, mais um beijo, assim. Tão simples.
"Os beijos sempre lhe pareceram estranhos, errados, e nunca por culpa dela ou dele, visto que não há beijos maus, há pessoas incompatíveis, só isso. E de facto eles não faziam sentido. Nunca fizeram sentido. De tal forma que ele sempre se tinha sentido no meio de dois momentos. O momento em que beijava a pessoa errada e o momento em que iria beijar a pessoa certa."
Há beijos que se guardam e se desesperam.
Eu guardo aquele esperando por quem não prometeu vir.